Este texto intenta contrastar a mentira do título “Imprensa livre sob a ameaça na América Latina”, publicada no O Globo no dia 13/04/13.
A liberdade de imprensa começou a ser vigiada. O que nos é de direito.
Não existe imprensa livre. Não há a mínima possiblidade de existir liberdade de empregados decidirem o direcionamento da empresa. Há dono, há chefe, há lucro, há folha de pagamento.
Com base neste raso conceito, a tentativa aqui é desmembrar um pouco para poder recortar a compreensão.
Imprensa livre não existe em lugar algum do universo. Mesmo. Não há mecânica que possibilite isso. Ninguém melhor do que os mesmos jornalistas para confirmar. O simples fato de editar um texto, ou selecionar um ângulo é um recorte interpretado da realidade. É a verdade determinada por um manual de redação da empresa dona da notícia. É a cartilha de bons costumes estéticos financeiros.
O termo “imprensa” no texto do O Globo é referente às empresas privadas que devem lucrar, como lhes é de direito. Agora, as empresas que vendem notícias e entretenimento, não necessariamente informam, é ai que desaparece a “liberdade”.
O dever de informar faz parte da essência da comunicação social, mas está restrito ao âmbito da discussão da sociologia da comunicação. Pura e imprescindível teoria.
Na prática, a notícia produzida nestas empresas representa ganhos financeiros de duas formas:
Audiência, resultado de um bom trabalho de departamentos de marketing, que ajudam a definir o perfil dos segmentos de mercado que as publicações, telejornais, e editoriais devem atender.
Defesa do interesse do dono de jornal, que ao mesmo tempo é sócio em empreendimentos imobiliários, holdings, telecoms, o que impossibilita a liberdade de imprensa.
É o manual de estilo das corporações, igualzinho ao manuais de redação. Recorta a realidade para atender o bom senso de quem paga as contas.
Repito, a liberdade da imprensa não representa os interesses da sociedade. A liberdade de imprensa representa os interesses dos donos dos meios de comunicação.
No subtítulo “Em Argentina, Equador e Venezuela, há pressão. No México, assassinatos.”
Nos três primeiros países havia um amplo, público e notório enfrentamento, já vencido pelos governos de esquerda, contra os empresários donos de meios de comunicação. Mas no México os assassinatos são frutos de uma terrível guerra entre o estado-eleito e o estado-de-fato, que é o narcotráfico. Os jornalistas lá morrem por estarem no meio do fogo cruzado e são alvo do narcotráfico. Ao estilo Tim Lopes.
Este subtítulo claramente tenta misturar as coisas. Sem dúvida o segundo maior jornal do Brasil tem a informação correta, mas quis induzir o leitor a acreditar que o que acontece no México é o mesmo que acontece nos demais países.
O primeiro parágrafo fala da decisão soberana e legal do estado equatoriano em não investir mais sua publicidade em meios privados que são todos abertamente de oposição. Ora, bolas, onde está a liberdade de imprensa? Como ser oposição e ser livre? Só a física quântica explicaria essa dualidade. Eles querem dinheiro público para influenciar esse público a atender seus interesses?
Não há lei que exija que o governo equatoriano tenha que investir um centavo em qualquer meio para informar a população.
Segundo o donos dos meios, o governo argentino “não tolera nenhuma crítica”, proibindo supermercados de anunciar em seus jornais. Ou seja, Dilma obriga ao Pão de Açucar a não anunciar mais no JB. Entendi o ângulo da total liberdade de imprensa.
E este é o melhor argumento de todos. O jornal El Comercio do Equador, indica que Rafael Correa criou um “clima” de tensão entre o governo e a imprensa. E que tem a proposta de criar um conselho regulamentador dos conteúdos e que autoridades foram proibidas de dar entrevistas. A fonte do O Globo mentiu.
O clima de tensão é subjetivo e reafirma de que não há um alinhamento do governo, vitorioso em 9 eleições diretas em menos de 7 anos, com um meio de comunicação que não atende aos interesses da sociedade civil. As autoridades foram proibidas de darem entrevistas aos meios opositores, exatamente por não cumprirem o papel de libertários que tanto defendem. Os ministros agora apenas dão entrevistas aos meios locais, pequenos e comunitários. Há ilegalidade nisso? Nenhuma.
O artigo de O Globo expõe um excesso de liberdade de imprensa impossível para as empresas, ao assumir a total falta de medo destes presidentes em quebrar seu monopólio, obrigar aos seus donos a não terem sociedades em outros negócios, e principalmente em demonstrar de que as empresas de comunicação mentem.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
terça-feira, 2 de abril de 2013
Without.
E só ela pode dizer o que sempre foi óbvio. A revolução que corre baixo seus pés é indescritível sob o olhar dos que não a pisam. Ninguém, ninguém além dos que a viveram a podem descrever.
Sou eu de novo. Suspenso dependente do seu respirar. Inerte ao esperar. O que eu fiz, acho que sei. É como se algo novo fosse totalmente conhecido. Os mesmos erros que a constroem. É vencer o mesmo derrotado todos os dias. É superar o nascer de cada dia, e a noite nem acabara. O fim, sem um começo.
Preditivo, fácil igual aos homens. Descritos como sempre, através de frases distintas. Os mesmo defeitos e virtudes, alheias aos que a possuem. A meta-descrição de cada um de nós. É a essência em si, disposta ao acaso. Como se o vento tivesse direção certa. Como se nós tivéssemos sentido além dos caminhos cruzados. A certeza de que em mim, há um pouco de nós.
Haver, aqui, não é escusa.
domingo, 16 de setembro de 2012
O Preço.
Sobrevivi a mim mil vezes. À minha fé, e a falta dela. Sobrevivi à mim, a mais de 100. Sobrevivi ao coração parado, bêbado sem motivo. Sobrevivi ao oceano. Sobrevivi até que fosse capaz de entender que me perdi, sem saber que me buscara. Sobrevivi aos que magoei. Sobrevivi à minha mentira. Sorri à fome. Mas não entendi.
Eu não entendi ao certo, que quando o tempo mudou, não havia sinal, se.
O calor indicara que o lugar não é. E os meus, jamais seriam meus. E que ninguém, ninguém usa o latido para poder dizer o que sinto. O convívio altivo do respeito mutuo, faz a dor maior. No meu peito, não há um lugar para mim.
Cada dia volto como se fosse a primeira linha. E deste texto, como se a desculpa por estar aqui fosse o motivo de escrever. É o descrito sempre, agreste presente, sincero feito a falta d’agua. E o ritmo a dizer que as coisas são bem mais que a mesma gota.
Como se cada arrependimento agregasse o que fingi esconder impreterido. Nada além-mar. Nada além-ser.
Eu não entendi ao certo, o quanto devo responder pelo que não fiz. Estou aqui, trazido pelos teus destinos. Não me peça assumir o que não conseguiram resolver. Sou carne, fruto de vos. Quase um erro. Não por estar aqui, mas por ser de vcs.
Revolução minha que faz tempo. Brincava feito gente grande. Quanto a arma de brinquedo, nem previa os mortos. Único sonho que se realizou. Em mim, a única vitória. Concreto real, feito arvore de tocar.
Sobrevivi a vcs. À todos. Até o limite do meu corpo, até que a minha fé me separe.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Vago.
Mais uma vez me despeço. Mais uma vez o dever quase cumprido de acertar, e a certeza de não ter cumprido com o meu dever. Mais um recomeço. Sina. Certeza do processo, aquele disposto a dar respostas, sem saber ao certo o que perguntar. Algo automático. Como o bendito sol que aparece gritando que sobrevivemos a mais uma noite. Muitos de vocês sabem do que estou falando.
Aí, o recomeço. Cheira pão fresco, sovado, brindado num dia também fresco, ensolarado da certeza de mais uma vez. E mais uma vez quase cumpri.
Aqui ficam os domingos dissonantes sem tom.
Aqui deixo uma sexta com a morte em meus braços.
Aqui estão todos os dias dos lugares vazios.
Aqui tocou o último acorde.
Aqui continua uma solitária bandeira, metáfora de mim.
Aqui entendi a Deus e seu marco.
Agora, os velhos gigantes e eternos colossais equatoriais. Paradigmas referenciais do que está em nós. Há revolução. A que sempre esperei, armado de armas, armado de letras. Armado do dever quase cumprido de acertar, me dôo pelo dever de saber ao certo, algo automático. Nestes tempos onde os meus são distantes ao meu pretérito, ganham vida todas as palavras de todos os livros que li. Mergulhado na realidade fantástica, sinto a textura e o aroma das sonhadas vitórias, tomadas uma a uma em batalhas realmente fantásticas.
Há 33 anos a menos em minha vida. Todos vividos mais de uma vez. Já distantes, mas sempre presentes vão se ajustando à nova direção, um a um como vagões duma pesada locomotiva que desacelera para não descarrilar. Evite o cruzamento, apesar de lenta ela ainda não vai parar e alguém acabará machucado.
Mais uma vez me despeço. Mais uma vez o recomeço.
Aí, o recomeço. Cheira pão fresco, sovado, brindado num dia também fresco, ensolarado da certeza de mais uma vez. E mais uma vez quase cumpri.
Aqui ficam os domingos dissonantes sem tom.
Aqui deixo uma sexta com a morte em meus braços.
Aqui estão todos os dias dos lugares vazios.
Aqui tocou o último acorde.
Aqui continua uma solitária bandeira, metáfora de mim.
Aqui entendi a Deus e seu marco.
Agora, os velhos gigantes e eternos colossais equatoriais. Paradigmas referenciais do que está em nós. Há revolução. A que sempre esperei, armado de armas, armado de letras. Armado do dever quase cumprido de acertar, me dôo pelo dever de saber ao certo, algo automático. Nestes tempos onde os meus são distantes ao meu pretérito, ganham vida todas as palavras de todos os livros que li. Mergulhado na realidade fantástica, sinto a textura e o aroma das sonhadas vitórias, tomadas uma a uma em batalhas realmente fantásticas.
Há 33 anos a menos em minha vida. Todos vividos mais de uma vez. Já distantes, mas sempre presentes vão se ajustando à nova direção, um a um como vagões duma pesada locomotiva que desacelera para não descarrilar. Evite o cruzamento, apesar de lenta ela ainda não vai parar e alguém acabará machucado.
Mais uma vez me despeço. Mais uma vez o recomeço.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
ReplaceMe
Não há motivo claro, nem sopro de inspiração. A coisa funciona através de um contexto que nos coloca no centro das coisas. A resposta que damos está na capacidade de cuspir tudo o que aprendemos. Ela se faz essencial para continuar nosso caminho. E fingindo a certeza, distraidos pisamos nas dos outros.
Há tempos não escrevo. Não senti, há falta. Não há, tenho compromisso. Não tenho história. Só há a mim. Me expunha sem o contraste do afeto, da ordem e da tragédia. Essas medidas que nascem do orgulho e nos fazem julgadores. Absolutamente indiferentes para mim, eu havia.
Não cumpro a sentença de seguir esse caminho porque alguma vez alguém me ensinou a ficar em pé. A sentença que se vire e não dependa do meu período, e que seu modo seja mais do que a linguagem, pois mais gente deverá sentir. Entender é compromisso composto, e cada um que se vire.
Quero ser verbo. Vou ditar a ação. O sujeito que se foda.
Passamos os dias entregando um sorriso matinal animador ao primeiro rosto que nos cruza, apesar de amaldiçoar o horário em que acontece. Exemplo do ter que estar.
Aceitar e aceitar e fingir e abaixar e aceitar e fingir e sorrir e gastar os dias em direção ao último suspiro. Essa trajetória não é mais sentida. Horas e horas e horas e horas e dias e horas e minutos e transformar em fantasmas de corpo presente. E é isso que acontece. Aceitar é nos fazer transparentes. Um corpo sem haver um, nenhum pouco. Aceitar é ser o copo, o meio, o cheio, o vazio.
Aceitar, Felicidade vira fato. Damos a duração de um tempo, definimos um lugar no espaço. Forma, design, sentido. Afinal temos a cavidade vazia esculpida em nossos corações. Temos como adquirir uma Felicidade. Precisamos dela, nem que seja a feita pelos outros.
Há tempos não escrevo. Não senti, há falta. Não há, tenho compromisso. Não tenho história. Só há a mim. Me expunha sem o contraste do afeto, da ordem e da tragédia. Essas medidas que nascem do orgulho e nos fazem julgadores. Absolutamente indiferentes para mim, eu havia.
Não cumpro a sentença de seguir esse caminho porque alguma vez alguém me ensinou a ficar em pé. A sentença que se vire e não dependa do meu período, e que seu modo seja mais do que a linguagem, pois mais gente deverá sentir. Entender é compromisso composto, e cada um que se vire.
Quero ser verbo. Vou ditar a ação. O sujeito que se foda.
Passamos os dias entregando um sorriso matinal animador ao primeiro rosto que nos cruza, apesar de amaldiçoar o horário em que acontece. Exemplo do ter que estar.
Aceitar e aceitar e fingir e abaixar e aceitar e fingir e sorrir e gastar os dias em direção ao último suspiro. Essa trajetória não é mais sentida. Horas e horas e horas e horas e dias e horas e minutos e transformar em fantasmas de corpo presente. E é isso que acontece. Aceitar é nos fazer transparentes. Um corpo sem haver um, nenhum pouco. Aceitar é ser o copo, o meio, o cheio, o vazio.
Aceitar, Felicidade vira fato. Damos a duração de um tempo, definimos um lugar no espaço. Forma, design, sentido. Afinal temos a cavidade vazia esculpida em nossos corações. Temos como adquirir uma Felicidade. Precisamos dela, nem que seja a feita pelos outros.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
I get it
Não há nem mais nem menos. O justo é. Assim para todos, ele é. Presente, indisposto, não o convidado, mas o estável. Mas o que poderia ser? Nada. Só é. E aqui está. Cheio daquilo que sentimos, pelo bem e pelo mal. Indisposto de critérios completos como se ninguém conseguisse dispor da capacidade de compreendê-lo. Mas não há como. Já que aqui estamos. Desarmados de um provido senso de estar, aceitamos aquilo que a vida nos dá gratuitamente. Como o fôlego. Suficiente para viver. Ridículo e pequeno para quem quer o suspiro constante de continuar a caminhar.
Mas calo. Não posso indispor do que tenho. O batido do coração, o ingênio de supor, a pureza de acreditar. E assim continuo mais uma vez. Incólume, tolo, persistente.
Ele deu voltas sem parar. Persisti aos discursos. Aceitamos as propostas. Agora nos olhamos sobre os ombros, como quem aceitou o pressuposto. Claro, mais um tolo por estar aqui, disposto a ler isto. Sinônimo de não precisar mais ter aquilo que já tem. Síntesis. Minúscula. Patrimônio. O estátus estável de ser algo que já é na essência, sem precisar ser além. Tenho dó.
E assim vamos. Aceitando. Aceitando. Aceitando. Existindo. Existindo. Existindo.
Mas calo. Não posso indispor do que tenho. O batido do coração, o ingênio de supor, a pureza de acreditar. E assim continuo mais uma vez. Incólume, tolo, persistente.
Ele deu voltas sem parar. Persisti aos discursos. Aceitamos as propostas. Agora nos olhamos sobre os ombros, como quem aceitou o pressuposto. Claro, mais um tolo por estar aqui, disposto a ler isto. Sinônimo de não precisar mais ter aquilo que já tem. Síntesis. Minúscula. Patrimônio. O estátus estável de ser algo que já é na essência, sem precisar ser além. Tenho dó.
E assim vamos. Aceitando. Aceitando. Aceitando. Existindo. Existindo. Existindo.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Faltou um serzinho despresível, sem importância e antigo para nos entregar a verdade. Alguém pode sobreviver fora dos padrões necessário ao existir. Mas o que me faria acreditar que a ciência seria capaz de definir o que é a vida? A própria ciência determinou o que é necessário para que cada ser pudesse existir, respirar, se alimentar, etc. A ciência nos simplificou a uma sequência de testes comprováveis, como se o todo do ser fosse apenas uma simples experiência repetível, controlável, e hipodérmica. Quando muleque, chamaria-o de pequeno.
Sou mais do que as respostas podem dar. Sou mais do que as perguntas já concretizaram. Sou alguém sem importar, mas que existe.
Há ciência exata. Há a ciência humana. Há a retórica desnuda, e construída sobre o alicerce do saber. Mas o saber já é determinado pelo engenho humano. Limítrofe, tolo e que não vai além da capacidade simples de compreender de que não somos o fim. O sentido apostos em 6 não é determinante ao que por exêlencia Deus fez. Em seu absoluto e inconstetável todo, somos o recorte desnecessário que justifica em partes o motivo de estarmos aqui. Mas como nada pôde nos dar uma resposta, aqui continuamos. Com fé, com a ciência, com a conciência. A vitrine do que somos, enxergado pelo espelho.
Sou mais do que as respostas podem dar. Sou mais do que as perguntas já concretizaram. Sou alguém sem importar, mas que existe.
Há ciência exata. Há a ciência humana. Há a retórica desnuda, e construída sobre o alicerce do saber. Mas o saber já é determinado pelo engenho humano. Limítrofe, tolo e que não vai além da capacidade simples de compreender de que não somos o fim. O sentido apostos em 6 não é determinante ao que por exêlencia Deus fez. Em seu absoluto e inconstetável todo, somos o recorte desnecessário que justifica em partes o motivo de estarmos aqui. Mas como nada pôde nos dar uma resposta, aqui continuamos. Com fé, com a ciência, com a conciência. A vitrine do que somos, enxergado pelo espelho.
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