segunda-feira, 21 de julho de 2008

E como se alguém chacoalhasse a minha cama, acordei. Era um terremoto. Que saco. Quando pego no sono, às 0 horas em ponto desta madrugada, o mundo rebolou. Há uns três anos não sentia um. Saio rapidamente do quarto. Esperava que as crianças estivessem acordadas. Nada. Ouço a voz de quem sabe do assunto “vai dormir. Já passou”. Passou nada. Como ele ia em direção ao quarto ver se estava tudo bem, não sentiu que o chão não parava de tremer. A voz de quem manda disse “não parou não.” E a casa continuou rugindo. Agüentei mais um pouco, e desisti de esperar um desastre. Tentei dormir.

E assim foi. Mais um peteleco que lembra a nossa inutilidade, roubou meu sono. Espero que isso seja um sinal. Vejo mudanças acontecerem. Vejo que algo maior está por vir. Há um temblor nas ruas aqui. Espero que signifique algo esse chacoalhão. Assumiremos mais uma vez o papel de juízes e carrascos do nosso destino. Nunca estivemos com o poder em nossas mãos. Nunca.

Somos as placas tectônicas neste momento. Derrubamos o que quisermos. Inclusive o nosso futuro, se errarmos nas escolhas.

Mas digo, custe o que custar tem que haver mudanças. Ou o fazemos planejado, como é. Ou perderemos a chance histórica de agora.

E se errarmos, aí sim não terei mais chance de voltar a dormir e desistir do desastre. A destruição será tão forte, que não terei chance se quer de acordar.