sexta-feira, 8 de agosto de 2008

inDesign

Me pergunto, quando adquirimos a capacidade de magoar a quem queremos? Na verdade nossa delicadeza é a mesma com todos. Mas só os que se importam, a sentem. A qualidade da relação entre nós é produto de varejo. O atacado fica no carinho.

Para o amor momento, há sinfonia completa. Palco, cordas, maestro. Falta o tema. O arranjo é fácil executável. Mas devemos entender que nem tudo são perguntas, nem tudo são respostas. Não são todos os corações que entendem a harmonia.

Há uma relação incompreensível entre a natureza das coisas e o que produzimos. Sentimentos não são naturais. Amor e afeto carregam uma quantidade considerável de símbolos precisamente moldados para que nossos pares nos queiram. Produzimos algo para que tenha uma função. É o design propriamente dito. Formas com funções e competências. Tamanho, textura, equilíbrio.

E assim nasceu o homem. Na sua essência, um ser com a capacidade de magoar a quem ama. Se não nos ensinassem amar, não saberíamos machucar.