sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Gerações do Temblor.

Começou. O Gabriel demonstrou que é possível. E com uma facilidade de encher os olhos e o coração. Minha preocupação sempre foi a capacidade de expressar o que eu penso. Mas a linguagem ultrapassou essa possibilidade de informar. O time é muito completo. Somos poucos, mas muito eficientes. Estou deslumbrado com a capacidade estética de reproduzir nossos arranjos no estúdio. Além de reproduzir, a qualidade da execução.

Será uma redenção do que não pude.

Fizemos 4 músicas em apenas algumas horas. Estou praticamente sem dormir, e assim será até o fim das baterias. O resto é fácil. Apenas a voz me preocupa. Espero chegar ao patamar dos meus colegas. Luto pra isso. Treino pra isso. Rezo pra isso.

Foi uma espécie de presente. Começou no dia do meu aniversário. Terminou 4 dias depois. Momentos especiais registrados para sempre. Pela primeira vez estou desfrutando de gravar. Grandes pessoas tentando ser honestas. Estamos no caminho.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

inDesign

Me pergunto, quando adquirimos a capacidade de magoar a quem queremos? Na verdade nossa delicadeza é a mesma com todos. Mas só os que se importam, a sentem. A qualidade da relação entre nós é produto de varejo. O atacado fica no carinho.

Para o amor momento, há sinfonia completa. Palco, cordas, maestro. Falta o tema. O arranjo é fácil executável. Mas devemos entender que nem tudo são perguntas, nem tudo são respostas. Não são todos os corações que entendem a harmonia.

Há uma relação incompreensível entre a natureza das coisas e o que produzimos. Sentimentos não são naturais. Amor e afeto carregam uma quantidade considerável de símbolos precisamente moldados para que nossos pares nos queiram. Produzimos algo para que tenha uma função. É o design propriamente dito. Formas com funções e competências. Tamanho, textura, equilíbrio.

E assim nasceu o homem. Na sua essência, um ser com a capacidade de magoar a quem ama. Se não nos ensinassem amar, não saberíamos machucar.