domingo, 14 de fevereiro de 2010

Regresso

Como se tudo se resumisse numa simples linha. Mas ela dividia o céu e a terra... era o horizonte. Eramos nós. E assim levávamos o que restava de nós. Num simples despertar do que aconteceu e do que estava por vir. Mas inocente, hipócrito e insólito. Num contínuo digitar. Como se o amanhecer não fosse o suficiente. Como se a ternura fosse pouco.
Desistí por um bom tempo. De mim. De você. De tudo. Afinal, o que restava eram apenas, eu. Nú. Sem mais nada além de mim e de você.
Mas são apenas letras. Sem sentido. Sem lapso, sem regresso, sem retorno.
E a o que me diz? Estou aqui, e me acorda para o dia, sem a piedade de quem está para nós cuidar. Afinal, uma só história basta para nos encontrar sensíveis como somos.
O tempo, a distância, o lapso e o relativo foram pouco para o tudo. A discreta forma de encontrar disforme o que somos, é apenas a forma de dizer o que sabemos. A distância está no que somos. No que sabemos. No que aceitamos.
Um artifício da verdade descrita num olhar. No fim do impossível, olhar daquilo que chamamos de verdade. Na luz desenhada de uma alvorada qualquer. Comum. Discreta. Constate. A manhã de nós. A verdade do que é.