quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Assim.

Uma vida inteira e nada que se aproveite. As vezes queremos que as coisas sejam do nosso jeito. É como querer definir a forma de uma lágrima, a cor do vento, o sabor da história.

Depois de uma vida, o que fica, se não for divisível aos outros, não valeu a pena.
Vemos apenas o que alcançamos. Perante a luz, seres perenes. Alcançamos o que os braços suportam. Perante a distância, limitados.

O mundo é mundo. Imenso. Inatingível. Azul. Redondo. Mas se limita a dar voltas no mesmo lugar. Expresso sentido em si próprio. O sentido de ir e ser o que queremos. Apenas na perspectiva do que ainda não somos. A ilusão do próprio sentido de estar. Desisto da ação. Parto para o princípio. A essência em si. O início do querer, sem ser, sem estar.

Somos uma definição de espaço e tempo. Uma intensa vitória sobre a duração. Frequência de batidas, sobre um mundo de lembranças. E só. Para continuar felizes, acreditando que o futuro é amanhã. Assim o tempo passa fácil.
Como os que ensinam não entenderam, os que aprendem obedecem.