quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Revolução Brasileira.


Existe uma relação terrivelmente promiscua no país entre quase todos os partidos e empresários. Os partidos entregam o poder, e os empresário o dinheiro. O formato do sistema político brasileiro transforma o Congresso num shopping onde apenas frequentam os que têm poder de compra.

Esta relação sempre foi acobertada pela prensa brasileira. A prensa brasileira é tão corrupta quanto o Renan Calheiros e José Sarney, e isso criou uma pressão natural. Durou décadas, mas houve um destape dessa pressão acumulada por anos de uma relação promiscua dos partidos, com os meios de comunicação e empreiteiras.

A luta agora deve ser pela reestrutura do sistema político brasileiro. Vinte centavos é passado.

Não há mais como suportar a forma com que opera a política neste país. Não podemos aceitar o Maluf abraçando o Presidente Lula. Não há lógica que a sustente.

A desculpa de ter uma base no Congresso Nacional para poder ter governabilidade foi implodida. Décadas depois da volta à democracia, a sociedade brasileira começa a rejeitar esse modelo. E a rejeitar devolvendo com a mesma violência a péssima capacidade de resolver problemas dos governos federais, estaduais e municipais. Cada pedrada numa vidraça de um prédio público representa a morte no Nordeste através da seca. Há seca no Nordeste em pleno século XXI. Não podemos mais engolir que a sexta maior economia do mundo tenha um dos piores serviços de saúde do planeta.

De alguma maneira a distância física de Brasília criava uma barreira entre o cidadão e o político. Mas as redes sociais não respeitam quilômetros e nem os meios de comunicação. As redes sociais deram o “by pass” nos donos de conglomerados comunicacionais e possibilitaram o que está acontecendo.

Este movimento é tão amorfo quanto a mesma política brasileira. Editorialistas dos meios não conseguem entender o que está acontecendo e se atrapalham nas explicações. Os meios não querem mudanças. Seus donos vão perder muito dinheiro, assim como os políticos e as empreiteiras.

Devemos continuar este processo, radicalizando cada vez mais, sem retroceder nem um só passo. A violência é resultado deste processo é o ônus da mudança. Mas quem deve pagar isso são os atores do poder público, estopim desta revolução.