Ainda bem que existem os quartos. Assim temos onde nos esconder das frustrações sem ter que encarar as pessoas. Não tenho mais expectativas. Trabalho com ferramentas tangíveis, como a coragem e a idiotice. Não deposito mais futuro naquilo que não depende mais de mim. Como escrever por exemplo.
É interessante. As coisas grandes dentro de nós são sempre bem menores quando colocadas para fora. Essa distorção é simples, pequena e destruidora como a ponta da bala de um fuzil. Há de que se precaver. Sempre. Mas não há colete que segure um tiro desse calibre. O coração estará sempre em perigo.
Mas assim aprendemos a atuar. Isso nos defende. Nossas pequineses são cobertas com essa linguagem do auto-reflexo. Sei da sensível espessura da minha alma, por isso a textura prática do meu sorriso. Me protege, e da a possibilidade dos outros a utilizarem como bem entenderem.
Ainda bem que temos alguns que salvam os outros. Por fora somos nuvens. Imensas apenas para quem nos vê. Mas vazias por dentro.
3 comentários:
Sua alma não eh tao fragil assim.. fica sussa...
To vendo o jogo do flu na globo e umas gostosa no superpop... isso sim que eh um homem com cultura!
rs
hey... estou gostando... bjo
Apareça. JÁ!
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