sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vago.

Mais uma vez me despeço. Mais uma vez o dever quase cumprido de acertar, e a certeza de não ter cumprido com o meu dever. Mais um recomeço. Sina. Certeza do processo, aquele disposto a dar respostas, sem saber ao certo o que perguntar. Algo automático. Como o bendito sol que aparece gritando que sobrevivemos a mais uma noite. Muitos de vocês sabem do que estou falando.

Aí, o recomeço. Cheira pão fresco, sovado, brindado num dia também fresco, ensolarado da certeza de mais uma vez. E mais uma vez quase cumpri.

Aqui ficam os domingos dissonantes sem tom.
Aqui deixo uma sexta com a morte em meus braços.
Aqui estão todos os dias dos lugares vazios.
Aqui tocou o último acorde.
Aqui continua uma solitária bandeira, metáfora de mim.
Aqui entendi a Deus e seu marco.

Agora, os velhos gigantes e eternos colossais equatoriais. Paradigmas referenciais do que está em nós. Há revolução. A que sempre esperei, armado de armas, armado de letras. Armado do dever quase cumprido de acertar, me dôo pelo dever de saber ao certo, algo automático. Nestes tempos onde os meus são distantes ao meu pretérito, ganham vida todas as palavras de todos os livros que li. Mergulhado na realidade fantástica, sinto a textura e o aroma das sonhadas vitórias, tomadas uma a uma em batalhas realmente fantásticas.

Há 33 anos a menos em minha vida. Todos vividos mais de uma vez. Já distantes, mas sempre presentes vão se ajustando à nova direção, um a um como vagões duma pesada locomotiva que desacelera para não descarrilar. Evite o cruzamento, apesar de lenta ela ainda não vai parar e alguém acabará machucado.

Mais uma vez me despeço. Mais uma vez o recomeço.