terça-feira, 21 de setembro de 2010

Muito Mais.

Fragmentos dos segundos vividos em algum lugar. Em todo lugar. Não padecem, não desaparecem. Transcorrem. Composto da Alma, como ser eterno fosse o capaz a qualquer preço.

Idade da Alma não é a do corpo. Pele enrugará, coração mal-palpitará, o sangue pesará, os olhos se negarão. Mas na Alma não há tempo. Na Alma não há corpo.

O sentido da existência, só enquanto a houver. A existência não tem sentido por que há.

Disposto ao que sempre fui, protótipo não encaixado do que me rodeia. Me preveni, mas o sentido escondia a intenção, então o corpo padeceu, a Alma quase sangrou. Mas Alma não é corpo, não é pedaço, não é fato. A Alma é em si.

Por isso ainda estou aqui, disposto a um pouco mais de Alma.
Há Alma em algo mais disposto.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um passo.

Se o fomento ao despreso fosse possível, não haveria em nós um ser intacto. Em nossas mãos, o tato sincero do que quisemos. Como se o objeto tácito não fosse possível.
Em nenhum momento, a vitória do acaso fosse progresso, possível como se nunca houvesse tempo reverso. Admito, frágil que se o tempo fosse reversível, voltaria novamente. Cada passo, cada esquina, cada beijo.

Sonhei como se tudo estivesse ao contrário. Me despi de mim, e segui adiante. Acreditei no que vi, mesmo que o destino fosse claro como água, e mostrasse o fundo. Sólido para a pisada, temente para o passo.

sábado, 7 de agosto de 2010

Do que somos.

Conheci Galeano quando criança
Estive África
Conquistei meus sonhos 2 vezes
Recomecei tudo de novo
Não levei nada comigo

Já passei fome.
Já tive chofer.
Já senti o gosto de um revolver.
Sobrevivi a mim mesmo.
Acordei numa casa alheia.

Os colhões que herdei.
A história que vivi.
As vitórias que sonhei.
Amanhacer em Punta Carneiro.
As derrotas que colhi.

Já traí.
Já robei.
Quase matei.
Já morri.
Sempre neguei.

Acreditei em mim.
Não tive fé.
Fui eu mesmo.
Troquei amigos por sonhos.
Não ter noção do tempo.

Não me vendi
Sempre reconheci
Sorri sempre
Soube aceitar
Duvidei do amor

Fui eu mesmo...

sábado, 5 de junho de 2010

Self.

E mais um dia. Como se nada. Como se houvesse ao mesmo, um pouco do que sobrou.
Incompleto. Regresso. Fajuto. Impócrito. Mas real. O que há de nós, é o único que pode de verdade ser. Muito mais do que conseguimos. Conseguimos o que o límite nos permite.

Desastrados na arte de existir, nos aceitamos como se um Deus nos desse o aval de sobreviver. Mas a hipocresia de conviver com isso, nos fez crentes em tudo. Até em nós mesmo. Ainda bem que nos mentimos. Participamos dessas tal verdades. Mesmo que desacreditadas.

Ser tolo diria minha vó. Ser tolerante diria meu avô. Ser o que somos, diria meu amigo.

Nada além de realmente acreditar no sentir. Sentir não é ser. Sentir não é poder. Sentir é apenas a essência da pequena existência das nossas almas. E aí nos enganamos. Afinal, é bem mais fácil enxergar o vel, do que a verdade do reflexo que os olhos enxergam. Exato como se nada. Justos, quão verdadeiros.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O não querer está no pensamento, ou está na capacidade de não comentar a vontade com ninguém?

Sem mais.

Cansado. O peso de toda uma noite, recolhido numa manhã segura. Como se houvesse uma simples promessa cumprida de uma vontade escondida. Ou a memória me devolvesse tudo.

Não sou o que teus olhos acreditaram, nem o que teu corpo sentiu.

Protegido. Entre o céu e o inferno, vivendo a vida que resta. Sou apenas a peça que faltara. A opção do encaixe predestinado. Desistindo de tentar, é a segurança de manter. Esqueço de querer, não quero poder.

Descrente. A imensa força que está em nós, minúscula perante o que realmente somos.

Seguir. Sem rendição, sem réu confesso, sem acareação, sem protesto, sem ingresso. Vou adiante. Peito aberto, de frente pro canhão, sem medo da verdade.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Así.

Todo es mío. El dolor de haber nascido, la gracia de vivir, la victoria de existir.

Esperame. El viento soplará, la mesa será servida, te brindaré como una copa. Lo mejor de um sentimiento, el ingreso a la verdad, un discurso sincero.

Gracias a ti, me ví. Gracias a ti, me descubrí. Gracias a tí, soy um poco más humano. Un poco más animal.